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Maggi propõe crédito para pecuaristas

Na audiência pública da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável sobre o desmatamento na Amazônia realizada nesta quinta-feira (19) na Câmara dos Deputados, o governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, defendeu a concessão de crédito de longo prazo e com juros baixos aos pecuaristas para que eles alternem as atividades de pecuária com a agricultura.

Segundo o governador, essa medida vai aumentar a produtividade sem pressionar a abertura de novas áreas de floresta.Maggi declarou que a alternância de atividades também vai aumentar a oferta de alimentos e ajudar a recuperar mais rapidamente os nutrientes da terra destinada à pecuária. Ele reconheceu que a produtividade na pecuária é baixa e que o seu estado precisa melhorar nesse aspecto.

Ele também disse que discutiu a proposta de crédito para os pecuaristas na semana passada com o Banco Mundial. O governador reafirmou que é necessário um prazo maior para os produtores se enquadrarem na exigência de apresentação de "nada consta" em relação a passivos ambientais. O documento será exigido a partir de 1º de julho como um requisito para a obtenção de crédito. Esse prazo consta de portaria editada pelo Conselho Monetário Nacional."Tirar o crédito é asfixiar a economia dos estados e dos municípios.

Essa medida não vai atingir só os grandes proprietários, mas também os pequenos", afirmou. Blairo Maggi propôs que se mantenha a proibição de crédito somente para novos empreendimentos e se permita o acesso para as atividades que estão em funcionamento. Ele lembrou que o licenciamento ambiental é um processo lento e depende da regularização fundiária.

O governador também criticou a forma de combate do Ministério do Meio Ambiente ao chamado "boi pirata" (o ministério pretende apreender os bois criados em áreas desmatadas). Maggi estima que os bois piratas totalizem 10 milhões no Mato Grosso.

Segundo ele, se o governo apreender essa quantidade de gado, isso vai afetar o preço da carne nos supermercados.Ele acrescentou que 64% do território de Mato Grosso é totalmente preservado, enquanto a produção de grãos se concentra em 7,8% do território, e a pecuária, em 25,8%. O estado tem hoje 26 milhões de cabeças de gado em uma área de 28 milhões de hectares.JPM

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