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E as desigualdades e discrepâncias?

Levantamento divulgado na semana passada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra alguns avanços educacionais no País, como a redução do analfabetismo, mas também que persistem grandes desigualdades e discrepâncias, por exemplo, entre moradores das zonas rural e urbana e entre negros e brancos.

Pode até ser que os números dos levantamentos a respeito do desafio da criança, adolescente ou jovem na rua apontem também algum progresso, mas são muito tímidos.

Programas voltados para a melhoria da renda familiar mínima condicionando o recebimento do benefício à matrícula dos filhos e à freqüência deles nas escolas certamente que ajudam.

Mas, ainda falta muito, pois, como se vê, adolescentes continuam sendo recrutados por gangues para o serviço do crime.

Assustam as estatísticas que mostram o Brasil disputando um dos primeiros lugares no inglório campeonato mundial de homicídios.

E envergonha a sociedade brasileira a confrontação de indicadores sociais, mesmo apanhados ao acaso, por escolha aleatória, de algumas sociedades desenvolvidas, com baixíssimo grau de criminalidade, com o Brasil, onde se manifesta escalada perturbadora do crime.

O nível elevado de instrução continua a ser a melhor receita para combater as enfermidades da miséria e da violência. No caso do Brasil, acrescente-se outro fator, o da má distribuição da renda, agente de exclusão social.

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1 Comentários

  1. Prezado Dorjival,

    Muito interessante o tópico em testilha. Acerca dele, me proponho a fazer duas reflexões.

    A primeira concerne aos números indicados pelo Governo Federal acerca do combate ao analfabetismo e da divulgação do "crescente" número de brasileiro que estão ingressando no 3º grau.
    Acho muito ilusório os dados apresentados pela União, mormente no que tanje à perfornance educacional. É que, como é cediço, os jovens e adultos chegam cada vez mais despreparados para formação profissinal adquirida através da graduação. Não existem mais reprovações por notas baixas, e as atitudes do professor em sala de aula são limitadas aos "interesses" dos alunos, esses, super protegidos pelo sistema educacional. Os mestres nada podem fazer para articularem políticas eficazes em prol da melhoria e da qualidade de ensino no país, pelo fato de estarem cada vez mais sem autonomia dentro da sala de aula. O combate à indisciplina também é outro ponto culminante a ser debatido, onde os educadores ficam à mercê da violência e do desinteresse dos alunos, que preenchem vagas nas milhares salas de aula existentes no país, seja no ensino fundamental, médio ou superior, no entanto, não correspondem aos ditames e diretrizes educacionais.
    Os números são muito bonitos, entretanto, é vergonhoso encontrar um profissional no ensino superior que não consegue escrever, tampouco ler. Pura ilusão.
    A profissão de professor da rede pública de ensino é um sacerdócio!!! Esta é minha opinião!! Parabéns Professores, seres inigualáveis, batalhadores, trabalhadores e sonhadores!!!
    Não sou nehum pessimista, ao contrário, se existem avanços na educação, estes ocorrem pela força e desempenho de muitos bons alunos e de milhares de educadores que amam seu ofício. Do mesmo modo, sou bem ciente que o Brasil forma todos os dias os melhores profissionais do mundo em todas as áreas.

    Outro ponto que queria abordar corresponde acerca do imenso índice de violência e criminalidade que assola o país, fazendo ilação de tais problemas com o alto índice de analfabetismo existente nesta Federação.
    Claro que a probreza, emergida da desproporcional distribuição de renda no país, ainda agravada pela falta de educação, saúde, infra-estrutura, saneamento básico e etc., são fatores que ensejam à criminalidade. Porém, nada disso é tão preponderante para o aumento da violência quanto a inaplicabilidade da Lei Penal em nosso território.
    Dias atrás tive a grande oportunidade de acompanhar no canal da TV JUSTIÇA, no programa "Defenda sua Tese", o estudo realizado por um Dr. de Direito Penal do estado de SP, onde, através de demonstrações estatística obtidas em sua Tese, agregou a origem da maior parte da violência praticada no país ao sentimento de impunidade e falta de estrutura na segurança pública brasileira.
    Os números trazidos pelo Dr., ex-promotor e professor, mostram claramente que países bem mais pobres que o Brasil não possuem índices de violência tão altos, por que nestes páises ocorre o combate efetivo à criminalidade. Por lá existem presídios suficientes (considerando ainda que a população carcerária é maior que a do Brasil), a Lei penal é aplicada com fervor (não existe o tal do regime de progreção nem remição de pena), e o sistema carceário é infra-estruturado, ressocializando o preso, educando-o, dando-o trabalho interno. O Dr. também levantou dados de países ricos, que detêm de igualitária distribuição de renda, educação de 1º mundo, ótima saúde, etc., entretanto, não conseguem controlar a criminalidade porque omitem à punição ao crime.

    Muito importante o estudo realizado.
    Creio que a pobreza enseja a criminalidade, em grau minusculo, assim penso, de modo que corroboro plenamente com a pesquisa realizada pelo Dr. em Direito Penal, até mesmo porque números são fatos e contra fatos fiéis não existem argumentos.
    Além disso o estudo é realidade fática da criminalidade no mundo. O sistema carcerário no Brasil é esdrúxulo. Nunca é tarde lembrarmos que no Brasil não existe prisão perpétua nem pena de morte (não que eu seja favoravel à pena de morte em noss país, pelo contrário), e o preso, algum dia, voltará a conviver na sociedade, claro, na maioria das vezes, de forma insociável.

    Grande abraço.

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