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PR não quer ser oposição, só quer uma “boquinha”

"Fui lá [Palácio do Planalto] hoje [ontem]. Não tinha definição. Eu não quero mais negociar porque o negócio não desenvolve. Então, resolvemos que estamos fora da discussão [senadores do PR] e isso significa que estamos na oposição". (Foto: Maggi, que sempre conviveu com Dilma na copa do Planalto, agora, posa de oposição no Congresso)

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A declaração do senador Blairo Maggi, no fim da tarde de quarta-feira (14), anunciando o rompimento da bancada republicana no Senado com a presidente Dilma Rousseff, é mais um capítulo na sucessão de derrotas do Governo do PT, no âmbito do Congresso Nacional. Mas, antes de mostrar um mero descontentamento de um bloco político, revela, de forma cabal, como se constroem os muitos “balcões de negócios” no âmbito do Senado, por exemplo.

Partidos como o PR do ex-governador de Mato Grosso – e há aos montes nas duas casas do Legislativo – não têm o menor interesse em discutir programas de Governo, tampouco as necessárias reformas no espectro político, como contribuição ao processo de desenvolvimento do País.

Essas siglas, por meio de seus representantes, estão a fim, mesmo, é de “boquinhas”, como frisou o analista do jornal O Globo e do canal pago GloboNews, jornalista Merval Pereira.

Com efeito, tudo o que a cúpula do PR quer é retomar o controle do Ministério dos Transportes. A mesma pasta, por sinal, que, quando era comandada por um republicano, o amazonense Alfredo Nascimento, ganhou as manchetes, como antro de corrupção.

O saldo do escândalo já é por demais conhecido: o ministro caiu e levou com ele figuras de relevo, como o afilhado político de Blairo Maggi, o sempre mal-humorado Luiz Antonio Pagot, que chefiava o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), apontado como base do propinoduto que ligaria o ministério à cúpula nacional do PR.

Não foi por falta de negociação (termo bastante utilizado por Maggi, como líder do PR no Senado) que os republicanos deixaram de se entender com o Palácio do Planalto. Como amplamente divulgado, nesta semana, a ministra Ideli Salvatti retomou as conversas com o partido e transmitiu a oferta de Dilma: “diretorias” em órgãos do Governo. Maggi bateu o pé e disse que o PR quer voltar a comandar o Ministério dos Transportes. Sem chance, pois.

Ainda assim, numa entrevista, no começo da noite, quando o “racha” na base governista já era de domínio público, Maggi disse que, mesmo com o rompimento com o Governo, senadores do PR não deveriam votar contra projetos importantes, como os que prevêem a criação do Fundo de Previdência Complementar do Servidor Público (Funpresp) e a Lei Geral da Copa.

O mesmo líder do PR, na sua incansável maratona para se apresentar aos olhos da opinião pública como oposição, em outra entrevista, deixou claro que, se a presidente Dilma resolver “negociar” (mais uma vez, o termo preferido do ex-plantonista do Palácio Paiaguás), os sete rebeldes republicanos com assento no Senado estarão firmes, a postos, para voltar à base aliada.

Como se vê, esse tipo de oposição declarado pelo PR não merece o menor crédito.

Para quem estava descontente com o marasmo, a monotonia do Legislativo – ele até “ameaçou” se licenciar e ceder a vaga para o obscuro suplente José Aparecido, o “Cidinho” -, o senador Blairo Maggi até que se revela bastante animado com as “agitações” do Senado.

Entrou rapidinho no clima de feira livre que impera na Casa. MidiaNews

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