Deputado
Guilherme Maluf diz que não há ilegalidade na verba indenizatória
A
Comissão de Estudos Constitucionais da OAB Seccional Mato Grosso elabora
parecer sobre a Resolução 41752015, que disciplina a verba indenizatória dos
deputados estaduais e aumenta o subsídio de R$ 35 mil para R$ 65 mil,
extinguindo os chamados “penduricalhos”. O estudo aponta inconstitucionalidade,
porque a norma exclui a necessidade dos parlamentares prestarem contas à Mesa
Diretora sobre os gastos no exercício do mandato para receberem o benefício.
A
diretoria da OABMT afirma que está disposta, caso seja necessário, a ingressar
com ação junto ao Poder Judiciário, pleiteando a alteração da resolução. O
parecer será apresentado ao presidente da Assembleia, deputado Guilherme Maluf
(PSDB), em reunião marcada para as 17h, desta quarta (29). O encontro deve
contar com a participação do presidente da Seccional, Maurício Aude, e com os
membros da Comissão de Estudos Constitucionais.
O
aumento da verba indenizatória de R$ 35 mil para R$ 65 mil, o que representa
85,8% de reajuste, está previsto na Lei 79/2015, aprovada no plenário da
Assembleia. Entretanto, o Legislativo argumenta que não haverá crescimento de
gastos, uma vez que a nova legislação restringe o pagamento de “penduricalhos”
como os auxílios transporte, moradia, além da verba de gabinete.
Segundo
a Assembleia, na prática, os parlamentares passam a dispor de verba
indenizatória similar a que é paga aos deputados federais e senadores. Os
integrantes do Congresso Nacional utilizam os valores para viajar, custear
material para o gabinete e comprar combustível. A verba indenizatória foi
instituída pela Lei 9.493, de 29 de dezembro de 2010, destinada a cobrir as
despesas relacionadas ao desempenho das funções institucionais dos parlamentares.
O valor inicial era de R$ 15 mil, depois pulou para R$ 20 mil e, por fim, está
fixada em R$ 35 mil. Em maio, deve passar a ser de R$ 65 mil depositados em
conta. Além disso, os 24 deputados têm direito a um salário superior a R$ 20
mil.
Outro
Lado
Guilherme
Maluf afirma que está disposto a dialogar com a OABMT e não vê ilegalidade na
verba indenizatória. O tucano também diz que, caso seja acionado na Justiça,
fará a defesa via Procuradoria do Legislativo.
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