A
Sociedade Beneficente São Camilo, OSS que administra o hospital regional de
Rondonópolis “Irmã Elza Giovanella”, decidiu rescindir prestação de serviços
com 277 contratados. As demissões acontecem nesta sexta, 1º de maio,
curiosamente no Dia do Trabalhador. A data coincide com o vencimento do
contrato com o Estado. E não houve acordo para a OSS continuar no
gerenciamento, na operacionalização e na execução das ações e serviços da
unidade, principal referência em saúde pública da região Sul.
Este
Blog apurou que a diretoria exigiu do Estado elevação do valor do contrato
mensal de R$ 2,5 milhões para ao menos R$ 4 milhões. O diretor-administrativo
Geovani Freitas Neves esteve reunido com o secretário estadual de Saúde, Marco
Bertúlio. Alegou que seria implantada uma UTI e a demanda exigiria mais 30
profissionais. O hospital tem 118 leitos e registra uma media de 540 cirurgias
por mês. E com cerca de mil atendimentos de urgência e emergência.
As
negociações não avançaram, embora os repasses financeiros estejam regularizados
nos meses referentes a atual administração e ainda as pendências deixadas pelo
governo Silval Barbosa renegociadas. Geovani, que havia se deslocado de Belo
Horizonte para Cuiabá com vistas à audiência com o secretário, foi para
Rondonópolis nesta quinta. Se reuniu com os chefes de departamentos para fazer
o comunicado da saída da São Camilo do gerenciamento da unidade.
Os
quase 300 contratados, assim como prestadores de serviços terceirizados, vão
assinar as rescisões e cumprir aviso prévio de 30 dias. Nessa fase de
transição, o hospital, com 390 efetivos e 90 médicos, não deve interromper de
vez o atendimento aos pacientes do SUS. A tendência é que a unidade volte a ser
gerida pelo Consórcio Regional de Saúde, experiência que foi mal sucedida no
passado. O atendimento melhorou após a São Camilo passar a administrar o
hospital, em maio de 2011.
Com
sede em São Paulo, a entidade foi criada pelo padre Inocente Radrizzani,
fundador da Província Camiliana Brasileira, na década de 1923, com atividades
sem fins lucrativos. Em todo o país, a São Camilo gerencia quase 50 hospitais. Romilson Dourado
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