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A questão dos moradores de rua precisa ser discutida com urgência em Brasnorte

POR DORJIVAL SILVA/ESPECIAL DE DOMINGO

Dorjival Silva conversa com morador 
de rua em Brasnorte
Algumas cidades pequenas do interior de Mato Grosso já estão convivendo com um problema social da mais alta gravidade que é a presença de pessoas indigentes pelas ruas. Localizado na região noroeste do estado, Brasnorte, município com pouco mais de 17 mil habitantes, não foge à regra. Uma ligeira contagem realizada pelo portal Gazeta do Noroeste MT somou cerca de 20 pessoas, algumas idosas, “vivendo” ao relento pelas ruas da cidade.

Nos dois dias que a reportagem esteve conversando com os moradores de rua da cidade, ouviu deles muitas histórias e situações de sofrimento e agonia pelas quais estão tendo que suportar. A conclusão a que a reportagem chegou é que alguns deles atingiram ao mais baixo nível da pirâmide social. Ou como dizem no jargão popular: “ao fundo do poço”.

É o caso do idoso Antonio de Sousa de 71 anos de idade (FOTO), segundo ele, natural do estado da Paraíba. A reportagem encontrou esse homem, possivelmente com mais de 30 dias sem tomar banho e trocar de roupas. Estava jogado ao chão, fétido de urina e fezes e alcoolizado.

Outro homem, Juscelino Kubitschek de 37 anos de idade e natural do estado do Mato Grosso Sul, também foi encontrado sujo e maltrapilho, sem banho há dias, com fome, com uma enfermidade na cabeça e alcoolizado.

Os demais se identificaram como sendo das regiões Nordeste, Sudeste e Norte do país. Todos eles com histórias parecidas para contar como forma de justificar a vida que estão levando: desemprego, abandono familiar ou até falta da família, situação econômica, desajuste social, problemas psicológicos e, na maioria dos casos, vício em drogas como o álcool e o crack.  

De todos os moradores de rua de Brasnorte ouvi-se que eles já não vêem expectativas em suas vidas, se encontram em uma situação de sobrevivência, fora do contexto social, sem esperanças ou sonhos, usando de papelões e plástico como proteção do frio durante a noite.

A QUESTÃO – cadê as ações das autoridades políticas, civis e religiosas nesse contexto? Quais ações sociais estão sendo desenvolvidas com o objetivo de atender em suas diferentes faces a situação dos moradores de rua do município, como questionou pelo Facebook, Rosicléia Lopes da Silva: “Devem ser acolhido nas casas de apoio porque isso não é vida morar nas ruas e ter as vezes que comer lixo. cadê as autoridades nessa hora? Na hora da eleição eles dão valores a essas pessoas, pois precisam de seus votos...?”

ASSISTÊNCIA SOCIAL - Sobre o assunto outra internauta, Lúcia da Silva perguntou: “Cadê o estatuto do idoso que os políticos criaram...? Cadê a assistência social onde está? ... Eles já colocaram muitos políticos corruptos no poder, agora o voto deles não serve mais ?...”.

PRÁTICA - Já Rozangela Ribeiro comentou: “Cadê o amor ao próximo como a ti mesmo? Lamentar não resolve... é preciso fazer alguma coisa, chegar perto, conversar, oferecer ajuda emocional e se dispor a isso. Levar para um banho, oferecer um desodorante, um prato de comida quente, até que eles tomem gosto novamente e queiram viver humanamente, porque se estão ai, motivos tiveram...”.

TEMPO DE SOLUÇÃO - Samara Rocha Samy conclui a situação com a seguinte reflexão: “Acredito que como Brasnorte ainda é uma cidade pequena e que ainda é tempo de remediar o problema social, não devemos julgar ninguém e nem dizer quem são os culpados, mas não devemos dar as costas para um fato existente, pois se o problema existe temos um causador e quando não se remedia e ignora somos parte desse problema agindo com egocentrismo, somos donos de nossos atos, mas por muitas vezes temos que ser ajudados e tais pessoas precisam de ajuda. Inclusão social é algo que vale a pena apostar. As pessoas quando se sentem capazes e úteis têm mais vontade de viver e de se cuidar. Dar assistência social e psicológica aos moradores de rua é algo tão importante como a educação infantil. Fica a dica!”.

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