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Lula pode virar a 1ª piada a reivindicar o Planalto

Lula é um político esperto. A esperteza jorra dos seus lábios como água de um chafariz. Réu em cinco inquéritos, Lula enfrenta dificuldades para se livrar das acusações que sofre —de corrupção a tráfico de influência. Num instante em que muitos esperavam ouvir dele explicações, Lula esguicha no noticiário sua candidatura presidencial. “Se for necessário, eu serei candidato”, disse Lula, em Salvador, discursando para uma plateia companheira do MST.
A candidatura extemporânea só é necessária para o próprio Lula e para o PT. Sob o risco real de ser condenado judicialmente, Lula usa o plano presidencial como pretexto para manter a pose de perseguido político. Quanto ao PT, depois de perder o recato, o discurso e o poder, o partido acha que não tem outra alternativa senão entoar o lero-lero de que é vítima de um complô que visa impedir a volta de Lula.